POST DE UTILIDADE PÚBLICA: O que as mães e futuras mamães PRECISAM saber.
- Camilla Rosa
- 10 de mar. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 25 de mar. de 2019

Você sabia que cerca de 16,5 milhões de mulheres engravidam por ano e apenas 1,5 milhão são gravidezes desejadas? Essas mulheres planejam a chegada do bebê, mas não são preparadas para prevenir as consequências indesejadas da gravidez.
O resultado da falta de informação e prevenção são mães com vergonha da incontinência urinária e baixa autoestima por não acreditarem que terão seu abdome de volta.
A solução seria simples: durante o pré-natal instruí-las de como evitar essas e outras consequências e logo após o parto iniciar um programa para a recuperação da DIÁSTASE e do ASSOALHO PÉLVICO.
Quer saber mais sobre o assunto? Neste artigo você vai encontrar:
1. O que é diástase?
a. Os quatro diferentes tipos de diástase.
2. Por que ela ocorre?
3. Quais são as consequências?
4. Como evitar?
5. Como fazer o teste diagnóstico?
6. Tratamentos
1. O que é diástase?
É a SEPARAÇÃO da linha média do músculo reto abdominal, causados normalmente durante o último trimestre de gravidez e também no pós parto. Na gestação a parede abdominal se abre para que o bebê possa crescer, deixando a linha alba bastante vulnerável, já no pós parto é um momento delicado no qual os órgãos estão se realocando dentro da cavidade abdominal e qualquer movimento ou postura errada pode reforçar ainda mais essa abertura.
Existem 4 diferentes tipos de diástase como já vimos no post anterior.
a. a diástase longitudinal (desde as costelas até abaixo do umbigo),
b. a infra umbilical (pochete),
c. a supraumbilical (estômago alto)
d. diástase total que separa os músculos abdominais tanto na vertical quanto na horizontal.

2. Por que ela ocorre?
Não há um consenso sobre os fatores de risco para o desenvolvimento da diástase, mas segundo alguns estudos a idade avançada, multiparidade, cesárea, ganho de peso gestacional, alto peso ao nascer, gravidez múltipla e cuidados com o bebê aparecem como possíveis causadores.
3. Quais são as consequências?
Além de abalar a autoestima da mulher, essa condição pode trazer como consequências dores na lombar e cintura pélvica; disfunções no assoalho pélvico como incontinência urinária e anal e prolapso de órgãos pélvicos.
4. Como evitar?
Durante alguns meses da gravidez e no pós parto a prescrição de determinados exercícios que causam abaulamento da parede abdominal, bem como aqueles com excesso de cargas que podem comprometer a estabilização do tronco devem ser evitados.
Se você estiver apta a treinar durante a gestação ou no pós parto, certifique-se que o profissional de educação física entenda da fisiologia da mulher nestes dois períodos. A recomendação é que os abdominais sejam evitados das 12 semanas de gestação até 6 meses pós parto.
5. Como fazer o teste diagnóstico?
Existem vários métodos para detectar a diástase abdominal: palpação, fita métrica, pinças, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
A figura abaixo mostra como pode ser feito esse diagnóstico em casa:

Deitada em decúbito dorsal, com os joelhos fletidos e pés paralelos, a mulher deve tirar as escápulas do chão, fazendo uma leve contração abdominal. Apalpar com os dedos na linha alba tanto na vertical (identificando se a diástase é total, infraumbilical, supra umbilical, ou longitudinal) quanto na horizontal para avaliar o grau da condição.
6. Tratamentos
A cirurgia é indicada somente nos casos em que o diâmetro da diástase ultrapassa três dedos, já em diástases mais brandas a recuperação se faz através de movimentos posturais aliados a técnicas de respiração, de exercícios para o fortalecimento do músculo transverso do abdome (CORE) e do assoalho pélvico.
No entanto, para que se tenha bons resultados é necessário que se faça um diagnóstico preciso, afim de que a prescrição e treinamento sejam direcionados para os diferentes tipos de diástase . Sempre procure por profissionais que tenham conhecimento sobre a fisiologia da mulher tanto na gestação quanto no pós parto.
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Muito obrigada!
Beijos de Luz,
CoachCah
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